Todas
as funções têm uma importante característica em comum: são relação entre dois
ou mais elementos presentes em uma mesma sentença. Já as classes não são
relações entre elementos presentes na mesma sentença.
Uma
função é definida em termos de contexto proposto na sentença. As classes, por
outro lado, se definem em relação à estrutura da língua.
Um
simples teste a ser feito é perguntar a alguém com algum conhecimento
gramatical, qual a classe gramatical da palavra João. A resposta certamente será “substantivo”. Agora, se perguntar
qual a função sintática desta mesma palavra, precisamos saber em que contexto
ela está inserido para sabermos a resposta, pois dependendo da frase ela pode
ter função de objeto direto como em: O gato arranhou João. Ou seja, as classes
são verificáveis fora do contexto, mas as funções só se verificam em um contexto.
Antes
de começar a produzir seu enunciado, o usuário da língua precisa conhecer as
palavras e as funções que cada uma pode desempenhar. É por isso que se diz que
as unidades da língua se classificam por seu potencial funcional.
O
potencial funcional exprime o que uma forma pode ser – as funções que ela pode
ocupar na sentença. Melhor dizendo, dependendo do contexto pode ter uma função
diferente. Por exemplo, a palavra João
pode ser sujeito ou objeto direto. Na frase João ronca muito essa palavra é sujeito. Mas ela
continua podendo ser objeto, em outra frase. Mudando o contexto, pode mudar a
função de João; mas sua classe é sempre a mesma, porque esta se define por
potencialidade, não por realidades presentes do contexto.
Cada
palavra pertence a uma classe, e uma palavra não pode termais de um potencial
funcional. Uma palavra pode, claro, ocupar mais de uma função, dados diferentes
contextos.
Karen D’Laura Miranda Pinheiro B46DBA-2
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